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quinta-feira, março 19, 2015

Amazonas fecha mais de 2 mil vagas de emprego com carteira assinada, aponta Caged

Publicado dia 19 de março de 2015 ás 12:43
Fonte:uol





O setor de serviços, como o de bares e restaurantes, puxou a queda no nível de emprego do Estado, em fevereiro (Arquivo A Crítica)


Após iniciar o ano com o ‘pé-esquerdo’, fevereiro também não foi um mês forte na geração de empregos formais no Amazonas. Entre admissões e demissões, o Estado encerrou o mês com 2.017 empregos com carteira assinada a menos em relação ao mesmo período do ano passado. O número compõe o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo o ministério, este é o pior saldo para o mês registrado pelo Estado desde fevereiro de 2009 quando a redução de postos formais chegou a 6. 360. Com o resultado de fevereiro, o Amazonas ocupou a oitava pior posição entre as 27 Unidades da Federação (UF’s) pesquisadas pelo ministério.

O desempenho do Estado superou apenas a geração de empregos formais nos Estados do Ceará (-2.027 postos), do Maranhão (-2.260 postos), do Espírito Santo (-3.160 postos), do Rio Grande do Norte (-4.013 postos), da Bahia (-6.800 postos), de Pernambuco (-10.660 postos) e do Rio de Janeiro (-11.101 postos).

Segmentos Embora o desempenho negativo da indústria local tenha sido expressivo (-606 postos), foi o setor de serviços o que mais desempregou em fevereiro. Foram 853 postos a menos contra o saldo positivo de 458 empregos formais em fevereiro de 2014.

O comércio também teve desempenho negativo. Foram fechadas 501 vagas no segundo mês do ano, enquanto no mesmo período do ano passado a redução foi de 89 postos formais.

Já a construção civil terminou fevereiro com 86 postos a menos, um resultado levemente superior a fevereiro de 2014, quando a redução foi de 110 empregos com carteira assinada.

Para o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas, Edson Rebouças, os primeiros meses do ano são tradicionalmente fracos. Além disso, ele alega que o atual momento do cenário econômico brasileiro reflete na geração de empregos e exige paciência. “Precisamos aguardar o desenrolar do semestre para termos uma expectativa de como será o comportamento do estoque de assalariados com carteira assinada no ano”, ponderou.

Até o momento, o Amazonas já acumula o fechamento de 4.064 vagas. Em 2014, entre janeiro e fevereiro, a retração representou quase a metade dos cortes deste ano (-2.153).

Setor de serviços desaquecido

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Amazonas (Abrasel-AM), Janete Fernandes, o resultado de fevereiro, mês sazonalmente ruim para os negócios, refletiu dois outros fatores. O primeiro foi o fraco desempenho de janeiro, marcado pelas férias e gastos extras com impostos. O segundo, teria sido a instabilidade da economia. “O momento é delicado e o impacto é sentido em cadeia. Diminui o poder de consumo, a produção industrial, a empregabilidade no Distrito e o desempenho de setores como o de serviço que vinha segurando a economia local”, argumentou. A expectativa, de acordo com a presidente, é de que o segmento se estabilize a partir de abril, com um aquecimento aguardado para os demais setores.

Desemprego aumenta em fevereiro

O País fechou 2.415 vagas de emprego em fevereiro deste ano, de acordo com o MTE. O resultado é pior na comparação com a geração de 260.823 em igual mês do ano passado, mas melhor que a eliminação de 81.774 postos em janeiro de 2015. O dado do mês passado é o pior para meses de fevereiro desde 1999, quando foram fechados 78 mil postos. O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em fevereiro, com um saldo positivo de 52.261 postos, segundo dados do Caged. A indústria de transformação gerou 2.001 vagas no mês passado. O comércio puxou o saldo para baixo com o fechamento de 30.354 postos em fevereiro. No mês, a construção civil fechou 25.823. A agricultura, por sua vez, extinguiu 9.471 postos no mês.

Entre os Estados, o pior desempenho foi verificado no Rio de Janeiro, que fechou 11.101 vagas no mês, seguido de Pernambuco (-10.660).

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