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domingo, fevereiro 08, 2015

MS lança teste oral para detecção do HIV no Carnaval

O ministro da saúde Arthur Chioro lançou na sexta-feira, 6, em Salvador, a Campanha nacional de Prevenção às DSTs e Aids do Carnaval 2015, cujo slogan é  #partiuteste. O evento ocorreu no Museu Du Ritmo, no Comércio, e contou com a presença dos secretários estadual e municipal da saúde e do músico Carlinhos Brown.
Na ocasião, Chioro anunciou um novo tipo de exame para a doença neste Carnaval: o teste oral. O método dispensa o corte para a coleta de sangue. O diagnóstico é feito em 30 minutos, por meio da saliva, coletada por um cotonete.
O diagnóstico por fluido oral - que estava sendo testado desde fevereiro do ano passado por 60 organizações não governamentais (ONGs) em todo o país - passa a ser oferecido também na rede pública de saúde, a partir deste ano.
Durante a coletiva, Brown brincou ao testar a camisinha no microfone, ao lado do Rei Momo do Carnaval 2014, Reinildo Barbosa. Mas passou uma mensagem séria: "A população tem que perder o medo de fazer o teste e entender que a camisinha é indispensável".
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 718 mil pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil. Destes, 150 mil não sabem que têm o vírus. Na Bahia, são 24.086 casos, sendo que, 62,7% dos portadores são homens e 37,3%, mulheres.  Salvador registra 12 mil casos.
Juventude
O ministro Arthur Chioro disse estar preocupado com o aumento de casos entre jovens. Em 2004, foram notificados 9,6 casos por 100 mil habitantes no país entre o grupo de pessoas com idade entre 15 e 24 anos.
No ano passado, a proporção chegou a 12,7, o que corresponde a um aumento de 32,3%, em dez anos.
"Muitos jovens vêm pular carnaval aqui na capital baiana. Temos que aproveitar este momento para colocar toda a população para usar a camisinha, fazer o teste e, se constatado o vírus, iniciar o tratamento", disse o ministro.
Casos em 2014
No ano passado, apesar da redução do número de testes rápidos durante o Carnaval, houve um aumento de 50% de casos de pessoas infectadas, em relação ao ano de 2013.
Enquanto em 2013 5,2 mil pessoas fizeram o teste e 16 foram diagnosticadas com o vírus HIV, em 2014, 4,2 mil fizeram o exame e 24 estavam infectadas com o vírus. Outras 68 pessoas foram diagnosticadas com sífilis, 5, com hepatite B e 8, com hepatite C, no ano passado.
Conforme o ministro Arthur Chioro, o teste oral detecta apenas o HIV, mas nas unidades que realizam exames rápidos no Carnaval há outros tipos de exames.
Este ano, será possível fazer o teste nas unidades do Centro (praça Municipal) e na Barra (rua Dias D'Ávila, transversal entre a Marques de Leão e Afonso Celso, próximo ao Beco da Off). O serviço gratuito será oferecido entre os dias 14 e 17 deste mês, sempre das 9h às 21h.
Atualmente, 96 postos oferecem o teste rápido em Salvador durante todo o ano.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues, as unidades contam com uma equipe multidisciplinar composta por infectologistas, psicólogos, e assistentes sociais. "Enquanto aguarda o resultado, o paciente é entretido por psicólogos com  atividades lúdicas.
Camisinha
O ministério da Saúde distribuiu 70 milhões de preservativos para todo o país, só no período do Carnaval. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), 550 mil preservativos serão distribuídos durante a folia.
Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que serão distribuídos cerca de 1,7 milhões de preservativos durante a festa, além de panfletos e materiais educativos para alertar sobre os riscos das DSTs.
Publicado dia 08 de fevereiro de 2015 ás 13:17
Fonte: A tarde UOL

Crise hídrica pode ser fator para aumento de 57% nos casos de dengue, diz Chioro

O número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916 em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em casa.
“É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção,pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental”, avaliou o ministro.
Chioro disse que o governo vai fazer um estudo para ver a relação entre a falta de água e o número de casos de dengue e vai alertar para que a população guarde água com segurança. O ministro ressaltou que há uma grande preocupação com a doença, pois o aumento aconteceu em período anterior aos meses de maior incidência, que são março e abril.
“Aumentou o número de casos de dengue em um período que não era para aumentar”, disse o ministro. Ele destaca que cada lugar tem um motivo diferente para o aumento da ocorrência do mosquito e que cada família deve estar atenta aos pontos de acúmulo de água em suas casas.
Segundo Chioro, uma das situações mais preocupantes é a do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A cidade, que tem cerca de 80 mil habitantes, teve apenas sete casos em janeiro do ano passado, enquanto em janeiro de 2015 teve 2.305 casos.
Com esta “explosão” da doença no Acre, o estado ficou com a maior incidência, com 338,3 pessoas doentes para cada 100 mil habitantes. Goiás veio em seguida com 97,9, por 100 mil. Mato Grosso do Sul ficou em terceiro, com 42,9,
A boa notícia é que os casos graves da doença cairam 71%, de 49 para 14 no primeiro mês de 2014 para 2015. As mortes também caíram no mesmo período, de 37 para 6. Para o diretor do Departamento de Dengue e Chikungunya do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, esses números apontam uma melhora no sistema de saúde para tratar os pacientes.
Segundo Chioro, certamente o número de pacientes com dengue é subnotificado, pois muitas vezes os sintomas são leves e, por isso, o paciente não procura atendimento médico.
O Ministério da Saúde está promovendo hoje (7) o Dia D contra dengue e chikungunya, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, com sintomas parecidos, mas que provoca maiores dores nas articulações e diferentemente da dengue, não tem a forma hemorrágica.
Nas primeiras quatro semanas de 2014 foram contabilizados 23 casos de chikungunya, sendo 22 na Bahia e um em Goiás. Ano passado foram registradas as primeiras transmissões da doença no país. Ao todo, em 2014 foram 2.847 casos. O Ministério da Saúde está acompanhando pacientes em Oiapoque, no Acre, onde houve a maior concentração da doença, para avaliar a evolução dos casos mais graves.
Publicado dia 08 de fevereiro de 2015 ás 13:13 

Mãe acusada de abandonar filho com síndrome de Down dá sua versão

Ela nega ultimato a pai da criança e diz que tomou decisão de deixar menino ir para Nova Zelândia para ter melhores chances

Leo foi viver na Nova Zelândia (Foto: Reprodução)
Depois que o pai de um bebê com síndrome de Down disse que a mãe da criança afirmou que o casal teria que se divorciar se ele quisesse manter o filho, a mulher veio à público divulgar sua versão. Ruzan Badalyan, mãe do pequeno Leo, compartilhou no Facebook um texto em que nega ter dado um ultimato ao pai do garoto, Samuel Forrest. Ela disse que tomou uma difícil e dolorosa decisão de que o bebê teria melhor tratamento na Nova Zelândia.
As leis da Armênia, onde o bebê nasceu, permitem que a mãe doe a criança para adoção.
"Como uma mãe que tem enfrentado uma situação grave, estando em um hospital sob stress e depressão, experimentando uma grande pressão de todos os lados, não encontrando qualquer apoio da parte do meu marido ou qualquer possibilidade de dar uma vida decente à criança na Armenia, eu encarei duas opções: cuidar do meu filho por conta própria na Armênia ou abandonar meus instintos maternais e estender ao bebê uma oportunidade de aproveitar uma vida decente com o pai na Nova Zelândia. Eu escolhi a segunda opção".
Ela diz ainda que Sam nunca sugeriu que ela fosse com o filho para que os dois criassem o menino juntos. "Ele também não me disse nada no dia que entramos com pedido de divórcio. A única coisa que ele seguia dizendo era que ele não queria que nos separássemos, enquanto minha questão de o que devíamos fazer sempre permanecia sem resposta".
Pai disse que mãe pediu divórcio (Foto: Reprodução)
Ruzan diz que a situação que crianças com deficiência enfrentam na Armênia também foi decisiva para decisão. "Eu entendo que na Armênia, onde não há uma infraestrutura social para ajudar as crianças com problemas de desenvolvimento, sem apoio governamental, com a contínua dura situação econômica do país, com a possibilidade de uma renovada guerra com nosso hostil vizinho (Azerbaijão) sempre ao fundo, com meu salário de $ 180, sendo parcialmente sustentada por minha irmã e vivendo na casa de minha mãe e não tendo qualquer outra receita, já que meu marido não trabalhava, eu não teria como criar meu filho com necessidades especiais".
O pai e o pequeno Leo conseguiram arrecadar mais de 400 mil dólares através de uma campanha online para pagar pelos cuidados do bebê na Nova Zelândia.

Publicado dia 08 de fevereiro de 2015 ás 13:11